A peça central da política de crédito agrícola dos EUA é o Sistema de Crédito Agrícola (FCS) – uma empresa patrocinada pelo governo (GSE) criada em 1916 para expandir o acesso a empréstimos agrícolas acessíveis. 24 O FCS consiste em 72 instituições de crédito cooperativas financiadas por uma Corporação Central de Financiamento de Bancos de Crédito Agrícola e supervisionadas e regulamentadas pela Administração de Crédito Agrícola. 25 O FCS não detém depósitos; em vez disso, a Farm Credit Banks Funding Corporation vende títulos de dívida sob a forma de obrigações para financiar empréstimos a produtores agrícolas e compradores de casas rurais. Em virtude do seu estatuto de GSE, o FCS recebe vários benefícios fiscais, permitindo-lhe fornecer crédito agrícola a taxas mais acessíveis. Para além do capital inicial do FCS, o único caso em que recebeu financiamento federal foi durante a crise agrícola dos anos 80, quando o FCS sofreu um grande golpe quando o número de falências agrícolas explodiu.
Atualmente, o FCS detém 914.387 empréstimos, totalizando US$ 287 bilhões. 26 A maior parte dos seus empréstimos são pequenos – nomeadamente empréstimos imobiliários. Cerca de três quartos dos mutuários do FCS contraíram empréstimos inferiores a US$ 250.000, representando 14% da carteira de empréstimos do FCS. 27 No outro extremo do espectro, o maior 1% dos empréstimos totaliza 46% dos ativos do FCS. 28 Além de fornecer financiamento a agricultores e proprietários rurais, o FCS também pode emprestar a agroindústrias. Em 2019, os compromissos brutos do FCS com o agronegócio eram de quase 17 mil milhões de dólares, uma parte significativa, mas comparativamente pequena, da sua carteira total de empréstimos.